12.6.07

Por que evitamos falar em suicídio?

Ignorado, por medo ou culpa, o suicídio permanece no limbo dos assuntos que o brasileiro evita. À sombra do silêncio, porém, as ocorrências aumentam em ritmo assustador.

Um estudo do Ipea revela que, em 15, de 1990 a 2004, o número de casos saltou 59%, superando de longe o aumento do número de mortes no trânsito (17%) e até o de homicídios (55%). Segundo dados do Ministério da Saúde, é um problema crescente entre jovens de ambos os sexos.

Para cada suicídio a Organização Mundial da Saúde estima que outras dez pessoas tentam se matar, sem sucesso. Na visão do Ministério, a imprensa vem erroneamente menosprezando o assunto, como se ele não existisse. "Não falar, não debater, não mostrar que esse é um problema de saúde pública só agrava o quadro".

Há regiões em que a incidência de comportamentos suicidas preocupa. No Rio Grande do Sul, o índice de suicídio entre a população masculina chega a 15,5 por 100 mil pessoas. Entre a população masculina idosa é ainda pior: são 30 casos por 100 mil habitantes. Só para comparar, a aids matou seis pessoas em cada 100 mil habitantes em 2005.

"O que mais se ouvia, no passado, era 'fulano só está fazendo isso para chamar a atenção'", sobre os sinais emitidos por potenciais suicidas antes de cometer o ato. "...se a pessoa tenta chamar a atenção, e não a recebe, o risco de ela se matar aumenta." Às vezes, as ameaças são para valer. "Nesse período, é comum o familiar pensar que, se a pessoa morresse, seria melhor, porque se livraria de ter de cuidar do outro. Quando a morte vem, a culpa é enorme."

Registros na literatura internacional mostram que 40% dos suicidas procuraram algum serviço de saúde na semana anterior à morte. Hoje, sabe-se que idosos, usuários de drogas e álcool e pessoas que sofrem de esquizofrenia e depressão aparecem em maior número nas estatísticas de suicídio. Mas os mecanismos que levam um indivíduo a acabar com a própria vida são variados e de difícil compreensão.

O suicídio é um fenômeno crescente na sociedade desenvolvida, mas pode ser evitado.
Se não ignorarmos e ficarmos atentos ao problema podemos estar fazendo um bem.


(fonte: Revista Época nº468 - maio/2007)

2 comentários:

Evelyn In Mars disse...

Não acho nada de mais uma pessoas adiantar sua morte, é algo certo que iremos morrer. Quem nunca pensou em se matar que atire a primeira pedra.

MarycNava disse...

City in the Ray Ban Sunglasses Sale world is prepared Cheap Air Force Ones to receive this number of migrants, Michael Kors Outlet Online said Mario Osuna, the Tijuana city social development director. He said the city hopes the federal government start legalizing these people immediately so they could get jobs and earn a living in Tijuana. Border Patrol New Yeezy Shoes agents, said they will wait for other migrants to join them before making their Coach Handbags Clearance next moves..

The court on Tuesday denied certiorari to Planned Parenthood of Arkansas Eastern Oklahoma v. Jegley, a suit filed shortly after the law was passed.The law states that any physician who "gives, sells, dispenses, administers, or otherwise provides or prescribes the abortion inducing drug" would have to have contracts with another physician who has admitting privileges at a hospital. Proponents of the law argue that it is necessary to ensure that women who may experience a complication from their abortion are able to receive medical care.This order means the law will stand as is, and two Planned Parenthood locations in the state announced May 29 that they will no longer be performing chemical abortions.Dawn Laguens, executive vice president of Planned Parenthood, said that Arkansas was "shamefully responsible for being the first state to ban medication abortion" and that the law was dangerous.Arkansas is Coach Outlet Sale Cheap Jordan Shoes For Men now shamefully responsible for being the first state to ban medication abortion.